sexta-feira, 15 de julho de 2011

Homenagem A José Batista (Zé Grande)


Arquivo pessoal

José Batista de Almeida, 02 de Outubro de 1925 a 06 de Julho de 1996.

Seu Zé Grota(Zé Grande), como era conhecido, nasceu no sítio São João, na casa de seus genitores, João Baptista Carneiro(João Grota) e Francisca Petronila de Almeida(Madrinha Chiquinha). Filho único do segundo casamento de sua mãe e teve por irmã primogênita, Luzia Francisca de Almeida Benigno do primeiro enlace matrimonial. Logo cedo foi para a escola, mas parou no quarto ano do primeiro grau dedicando-se a agricultura com o seu cunhado Chico Benigno nos sítios Capim Verde e Genipapo, com quem trabalhou até meados da década de 40. Aos dezoito anos alistou-se para serviço militar em Caicó onde permaneceu por dois anos na condição de soldado do exército brasileiro.
            Zé Grota, homem feito agora, com vinte anos de idade (1945), inicia seu trabalho no DER(Departamento de Estradas e Rodagens), na condição de auxiliar de serviços por (05)cinco anos. Depois em 1950, foi transferido para o de DNOCS( Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), na emergência, como auxiliar de serviços  de conserva, e posteriormente cedido ao batalhão de engenharia do exército para trabalhar como apontador no trecho Piancó, Patos a Santa Luzia.
            Em Setembro de 1952, contraiu matrimonio com a jovem Josefa Pereira de Souza, no Sítio Malhadinha, território do município de Catolé do Rocha-PB. E no ano seguinte foi acometido de uma paralisia estando em serviço, que o deixou impossibilitado de trabalhar. Recebeu a ajuda do major da equipe de engenharia para ser encostado e posteriormente aposentado por invalidez.
Aquivo pessoal
Sua trajetória de trabalhador destemido cessava contra a sua vontade, mas não parou de batalhar dentro de suas possibilidades, pois as condições eram poucas e como já tinha família e a vida continuava José nunca desistiu de nada, morou na Malhadinha até 1970, mas seu desejo sempre foi vir para Pombal-PB, sua terra natal e poder assim, dar melhores condições em estudo aos seus cinco filhos.
Sua vida não foi mais fácil na cidade, pois morava na simplicidade de uma casa de taipa cedida por sua irmã, e nela pode ver sua filha Maria de Lourdes se formar em pedagogia, Maria de Fátima, Maria do Socorro, Geraldo Pereira formarem seus lares e sua caçula Maria das Graças se dando bem profissionalmente em João pessoa-PB, os Netos Franklandio(In memória), foi o primeiro, mas por falha de uma enfermeira da época se foi ainda bebe, depois nasceu Paulo Sérgio, Geraldo Junior, Magna Giulliana, Maria Aparecida, Abraão e João Paulo, que sugiram para complementar a realização na vida de um homem simples que se sentia vitorioso.
Sempre senti este sentimento quando via se reunir com seus amigos fiéis nas manhãs de domingo, sempre no mesmo horário das 07hs as 09hs por causa da altura do sol: seu Zé da Fé, Elizeu Vieira, Chico Fernandes (este sempre brincava com uma folha de algaroba girando entre os dedos enquanto conversavam), e o assunto era sempre a atualidade da época e depois as histórias do batalhão  que pai contava e outras experiências fascinantes da juventude de seus amigos, o que prendia por completo a minha atenção, pois jamais me mantinha afastado de suas conversas e achava bonito ouvir eles contando aquelas histórias e imaginando-me lá como expectador , também me sentia realizado.
A vida de Seu Zé Grota foi simples, mas foi dedicada aos seus princípios de honestidade e justiça, e devemos muito a ele e a dona Zefinha por nos fazerem entender os verdadeiros valores que existem nesta vida, o maior deles é o amor na família e os amigos fiéis.
Em 1995 teve um segundo Acidente Vascular Cerebral (AVC), e aos 06 de Julho de 1996, ele nos deixou e partiu em direção ao Pai Celeste. Parabéns José por seu caráter, que tanto contribuiu na construção desta sociedade e na formação dos seus. Você foi simples financeiramente, grande no nome e em exemplos, vasto em carinho e em determinação, e isto nos basta. Obrigado!


                      Texto Maria de Lourdes P. de Almeida, contribuições de Paulo Sérgio de A. Silva

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