domingo, 31 de julho de 2011

Casal Osmidio Alves de Araújo e Izabel Morais de Araújo


Seu Mída como era conhecido, nasceu no sítio Mimoso território de Paulista-PB, no dia 15 de Julho de 1919, nesta data o domínio daquela região ainda era de Pombal-PB. Desde cedo se concentrou no trabalho do campo, daí se explicava as poucas letras que conseguia escrever, aquele homem trabalhador, assinava apenas o seu nome. Era um homem brando, honesto e muito humilde, capaz de ajudar a qualquer um que dele precisasse. Sua história foi marcada por trabalhos desempenhados com toda a dedicação, e ao lado de sua esposa Izabel fizeram honrar o nome do sertanejo, do homem do campo que traz o pão para o seu lar de sol a sol e também para os nossos lares.
         Dona Izabel, nasceu na mesma comunidade, mais precisamente em 19 de Fevereiro de 1923. Quanto aos seus estudos, concluiu apenas o primário (do primeiro ao quarto ano), deixando tudo para casar-se com Osmídio. Ela era uma jovem dedicada a tudo que fazia, pois o desempenhava com amor. E foi este amor que fez brotar seus quatro filhos: Antônio, Albaniza, Aldeci e Alba Cilene. Como todo casal pode ensinar valores que obviamente foram seguidos por sua prole, e assim como os seus genitores formaram família e tentam passar para eles os ensinamentos e a sabedoria repassada por seus pais.
          Lembro-me de seu Mida passeando com seu gato toda noitinha: um cordão prendia-se a coleira do felino que parecia entender que aquele era o melhor horário para os dois passearem, pois o resto do dia não o perturbava para sair. Eu era um jovem adolescente e toda noite da calçada lá de casa observava aquele senhor de estatura mediana e extremamente carinhoso, pois mantinha olhar fito em seu animalzinho de estimação. Depois de alguns dias decidi fazer amizade com eles, e eu um jovem, pude desfrutar de sua amizade e sua sabedoria e da sua consideração.
         Este casal sem sombra de dúvida contribuiu e muito para a história vitoriosa da nossa Pombal (313 anos), que é composta de várias histórias que se entrelaçam como em um quebra-cabeças, e só depois de um tempo apresentam um belo painel. Entendo, pois, que o casal simples lá do sítio mimoso que em meados da década de trinta formaram seu lar e produziram muito com seus campos para nutrir nossa população a partir da sua entrega e de seu serviço, alimentou o nosso passado e vislumbra com sua simplicidade, pois eles abandonaram a sua terrinha, e se mudaram para Pombal quando a velhice chegou, porém alicerçaram o nosso futuro, muito Obrigado aos dois, que Deus os recompense!

Maria Mathias Alves(Nicaula), 03 de Junho de 1945 a 03 de Maio de 2000.


            Professora Nicaula, é natural de Petrolânia no estado de Pernambuco, e filha do casal José Mathias Barbosa e Josefa Maria da Conceição. Por volta de 1969, chega a Pombal-PB, casada civilmente com Aloizio Porfírio Alves e 30 anos depois se deram na presença de Deus para o casamento religioso.
            Mulher de fibra e religiosa, mantinha a sua devoção ao Deus Onipotente, e esta devoção fez brota no seio de seu lar seis filhos: Sandra, Ana Karla, Elizângela,Aloizio Junior, Alessandra e Anderson, estes por sua vez lhe deram dez netos: Maria Eduarda, Carlos Eduardo, Amanda, Aluízio Neto, Tássia, Tarciane, Tarcila, Maria Nicaula, Lucas e Heloá, além dos seus genros e noras: Carlos, Joaquim Filho(Preto), Tarcísio, Jucélia, e Aline assim sua prole está representada.
            Nicaula, concluiu o 1º grau na cidade de Paulo Afonso-BA , e o 2º grau  concluiu em Pombal-PB, quando cursou o supletivo. Ela era apaixonada pelo magistério e por este motivo batalhou e concluiu o 3 º grau com a Licenciatura em Estudos Sociais em 1981 e Licenciatura Plena em Geografia em 1984 no Campus V, Universidade Federal da Paraíba(UFPB), Cajazeiras-PB. Como toda apaixonada, ela buscou adquirir sempre mais conhecimentos, além do que foi relatado sobre a professora elencam-se:
 No  ano de 1967, cursou o Aperfeiçoamento em enfermagem em Paulo Afonso –BA;
Em 1980, de 08 a 20 de dezembro, participou do curso de treinamento de professores realizado pelo Centro de Formação e treinamento de Professores;
Treinamento para técnicos e professores alfabetizados realizado pelo Centro de Formação e Treinamento de Professores em Alagoa Grande-PB de 07 a 11 de Maio de 1984;
Participou do evento: ``A vida do escravo no Brasil``, realizado pela UFPB;
                        - Noções Gerais  de Arqueologia Pré- Histórica: Pré-História do nordeste brasileiro, realizado pela UFPB, em novembro de 1998, em Pombal-PM;
                         - Curso de flores realizado pela secretaria de educação e cultura da Paraíba , na escola ``Monsenhor Vicente Freitas``.
Com sua vida dedicada ao magistério foi professora e fundadora  da Escola Estadual de 1º e 2º graus ``Dr. Trajano Pires da Nóbrega``, em Condado-PB;
Professora da Escola ``Monsenhor Vicente Freitas`` em Pombal-PB, de 15 de outubro de 1984 a 03 de Maio de 2000;
Membro do conselho do corpo de Jurados desta comarca, aonde prestou relevantes serviços, rendeu a professora no dia 23 de dezembro de 1994, pela casa Avelino Elias de Queiroga, o Título de Cidadã Pombalense.
Nicaula, fez sua história e contribuiu na composição da história de muitos filhos de Pombal e obviamente nos 313 anos desta terra, ela  deu sua contribuição, obrigado!


                                                                                         Texto elaborado pela família Mathias

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Homenagem ao Padre Sólon Dantas de França

Padre Sólon, 04de Maio de 1935 a 03 de Junho 2006.

Padre Sólon nasceu no Sítio Várzea da Serra, Município de Pombal - PB, hoje pertencente a Paulista-PB. Filho do poeta Belarmino de França e Emerentina Dantas de Sousa, recebeu o sacramento do batismo na igreja de São José de Paulista no dia 30 de Julho de 1935, pelo Pe. Valeriano Pereira. Em 1946 mais precisamente no dia 10 de Março, Frei Bruno celebrou sua primeira comunhão e aos 02 de setembro daquele mesmo ano recebeu o sacramento da crisma celebrada pelo então Bispo da Diocese de cajazeiras Dom Henrique Gelain.
Iniciou seus estudos no sítio Várzea da Serra, na casa de seus pais aos 10 anos de idade e como professor teve o Victor de França. Depois passou a estudar no Sítio Córrego do Velame com o professor Luiz de Apolinário, e conclui seus estudos em Várzea da Serra com o instrutor José Jerônimo Neto na casa de Massilon Bananeira.
Em 12 de Novembro de 1954, por ocasião de uma missa em Paulista recebeu de Dom Zacarias Rolim de Moura (Bispo de cajazeiras), o convite para morar no seminário de Cajazeiras como seminarista, aceitou, e no dia 27 de fevereiro de 1955 ingressava no seminário e foi recebido pelo Pe. Luiz Gualberto de Andrade (reitor do seminário naquela época), permaneceu ali até o ano de 1961, era sem dúvida a obediência ao chamado de Deus que diz: ``... Muitos são chamados e poucos os escolhidos``.
Por volta 1962 foi transferido para o seminário Provincial de Fortaleza-CE, permanecendo até o ano de 1966. Sua primeira tonsura (admissão ao clero) realizou-se aos 12 dias do mês de Janeiro de 1965, celebrada pelo D. Zacarias Rolim de Moura auxiliado pelo Mons. Oriel Antonio Fernandes (vigário de Pombal - PB), e já no ano seguinte recebeu as duas ordens menores aos 10 de janeiro, na catedral de Nossa Senhora da Piedade em Cajazeiras - PB, e também ali as duas ordens ultimas menores aos 08.01.1967, passando a ser chamado minurista. Foi quando ficou na sede da diocese para concluir os Tratados de graça e sacramentos em Moral e teologia, ministrados por D. Zacarias, Mons. Vivente Freitas, Pe. Gervásio Queiroga e Pe. Walter Strapaguelti.
No dia 08 de dezembro de 1967 realizou-se o seu subdiaconato, na igreja de Nossa Senhora dos Remédios em Catolé do Rocha-PB, e em 12 de janeiro de 1968 na paróquia de Nossa Senhora da Piedade foi o seu Diaconato. No dia 10 de Julho de 1968 sua ordenação Sacerdotal, pelas mãos do senhor bispo diocesano da época na Matriz de São José de Paulista. Sua primeira missa foi às 17hs do dia 15 de Julho na igreja de Nossa Senhora da Piedade. No dia 15 de Julho de 1969 Assume como pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Sucesso em Pombal e também como administrador da Paróquia de São José em Lagoa, Paróquia de São José em Paulista e São Sebastião em são Bento e por diversas vezes assumiu a administração da Paróquia de Santa Rita de Cássia em Coremas, pois era que sempre estava em vacância.
Padre Sólon Dantas de França foi uma das figuras mais ilustres da nossa Pombal, pois foi Professor de Português, educação Moral e Cívica(no seminário), e em nossa cidade, foi professor das escolas estaduais Arruda Câmara e João da Mata, do Colégio Josué Bezerra (Um dos melhores da época na região), diretor do Orfanato Nossa Senhora de Fátima, Escola Paroquial São Vicente de Paula, Diretor Fundador da Creche Pequeno Príncipe e Diretor do Hospital e Maternidade Sinhá Carneiro, além das diretorias que assumiu na cidade de Paulista no Hospital Emerentina Dantas e na Escola Belarmino de França além de sua liderança política naquela cidade.  Este homem sempre foi um visionário, um lutador... Um sonhador! E por isso trouxe para Pombal as Faculdades de Ciências Contábeis e Agronomia, sempre acompanhado pelo amigo Felix do projeto cooperar, juntos uniram forças, brigaram com muitos para garantir a permissão para o funcionamento pelo MEC, e eles conseguiram! Um sonho realizado! No entanto ele dirigiu por poucos meses a FAP (Faculdade de Agronomia de Pombal), em decorrência de um problema de saúde, foi levado a si afastar de suas atividades, tanto paroquiais quanto administrativas e anos depois nos deixou e rumou ao Pai celeste que tantas vezes pregou em seus sermões durante as missas. A realidade é que quem conheceu o Pe. Sólon sempre viu nele um homem de coração bondoso e caridoso, que o digam os inúmeros que foram ajudados por ele com bolsas de estudos ou nos apartamentos dos hospitais que administrou as oportunidades de emprego que criou ou ainda aqueles que partilharam de alguma refeição com ele, pois jamais ceava sozinho. É claro que tinha um temperamento forte, mas sabia si desculpar a sua maneira, Puxando conversa e tentando te fazer sorrir com aquele jeito implorando no intimo por ser desculpado pelos esturros ou discussão de horas atrás, assim era ele, uma pessoa simples uma pessoa comum. Muito Obrigado Pe. Sólon pela oportunidade oferecida a minha pessoa, que Deus te dê o repouso eterno, para seres feliz enfim!!!




                                                      Texto Adaptado do livro 25 anos de sacerdote, por Paulo Sérgio.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Homenagem A José Batista (Zé Grande)


Arquivo pessoal

José Batista de Almeida, 02 de Outubro de 1925 a 06 de Julho de 1996.

Seu Zé Grota(Zé Grande), como era conhecido, nasceu no sítio São João, na casa de seus genitores, João Baptista Carneiro(João Grota) e Francisca Petronila de Almeida(Madrinha Chiquinha). Filho único do segundo casamento de sua mãe e teve por irmã primogênita, Luzia Francisca de Almeida Benigno do primeiro enlace matrimonial. Logo cedo foi para a escola, mas parou no quarto ano do primeiro grau dedicando-se a agricultura com o seu cunhado Chico Benigno nos sítios Capim Verde e Genipapo, com quem trabalhou até meados da década de 40. Aos dezoito anos alistou-se para serviço militar em Caicó onde permaneceu por dois anos na condição de soldado do exército brasileiro.
            Zé Grota, homem feito agora, com vinte anos de idade (1945), inicia seu trabalho no DER(Departamento de Estradas e Rodagens), na condição de auxiliar de serviços por (05)cinco anos. Depois em 1950, foi transferido para o de DNOCS( Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), na emergência, como auxiliar de serviços  de conserva, e posteriormente cedido ao batalhão de engenharia do exército para trabalhar como apontador no trecho Piancó, Patos a Santa Luzia.
            Em Setembro de 1952, contraiu matrimonio com a jovem Josefa Pereira de Souza, no Sítio Malhadinha, território do município de Catolé do Rocha-PB. E no ano seguinte foi acometido de uma paralisia estando em serviço, que o deixou impossibilitado de trabalhar. Recebeu a ajuda do major da equipe de engenharia para ser encostado e posteriormente aposentado por invalidez.
Aquivo pessoal
Sua trajetória de trabalhador destemido cessava contra a sua vontade, mas não parou de batalhar dentro de suas possibilidades, pois as condições eram poucas e como já tinha família e a vida continuava José nunca desistiu de nada, morou na Malhadinha até 1970, mas seu desejo sempre foi vir para Pombal-PB, sua terra natal e poder assim, dar melhores condições em estudo aos seus cinco filhos.
Sua vida não foi mais fácil na cidade, pois morava na simplicidade de uma casa de taipa cedida por sua irmã, e nela pode ver sua filha Maria de Lourdes se formar em pedagogia, Maria de Fátima, Maria do Socorro, Geraldo Pereira formarem seus lares e sua caçula Maria das Graças se dando bem profissionalmente em João pessoa-PB, os Netos Franklandio(In memória), foi o primeiro, mas por falha de uma enfermeira da época se foi ainda bebe, depois nasceu Paulo Sérgio, Geraldo Junior, Magna Giulliana, Maria Aparecida, Abraão e João Paulo, que sugiram para complementar a realização na vida de um homem simples que se sentia vitorioso.
Sempre senti este sentimento quando via se reunir com seus amigos fiéis nas manhãs de domingo, sempre no mesmo horário das 07hs as 09hs por causa da altura do sol: seu Zé da Fé, Elizeu Vieira, Chico Fernandes (este sempre brincava com uma folha de algaroba girando entre os dedos enquanto conversavam), e o assunto era sempre a atualidade da época e depois as histórias do batalhão  que pai contava e outras experiências fascinantes da juventude de seus amigos, o que prendia por completo a minha atenção, pois jamais me mantinha afastado de suas conversas e achava bonito ouvir eles contando aquelas histórias e imaginando-me lá como expectador , também me sentia realizado.
A vida de Seu Zé Grota foi simples, mas foi dedicada aos seus princípios de honestidade e justiça, e devemos muito a ele e a dona Zefinha por nos fazerem entender os verdadeiros valores que existem nesta vida, o maior deles é o amor na família e os amigos fiéis.
Em 1995 teve um segundo Acidente Vascular Cerebral (AVC), e aos 06 de Julho de 1996, ele nos deixou e partiu em direção ao Pai Celeste. Parabéns José por seu caráter, que tanto contribuiu na construção desta sociedade e na formação dos seus. Você foi simples financeiramente, grande no nome e em exemplos, vasto em carinho e em determinação, e isto nos basta. Obrigado!


                      Texto Maria de Lourdes P. de Almeida, contribuições de Paulo Sérgio de A. Silva