Álvaro era natural de Pombal,
filho de Filemon Estevão de Sousa e Ana Benigna de Sousa, irmão de Lelé, Maria
das Dores e Benigna(Lourdes). Estudou o primário pelas casas das mulheres, que
alfabetizavam os moleques naquele tempo, e sua caligrafia era muito bonita,
relatou Sônia sua sobrinha.
Mestre Álvaro ,recebeu este
prefácio, por ser ele alfaiate, e provavelmente ter iniciado com o amigo Adamastor
Gouveia, bem como a Lélé, seu irmão, além de Dedé da Rua do Cacete Armando,
entre outros(todos in memória). Além da alfaiataria, era agricultor e dono de
canoas, que na data serviam a população, pois atravessavam as pessoas no período
das cheias do rio Piancó, sob o comando de Chaguinha. Sua Localização exata era
mais próxima ao corredor do rio, na Rua de Baixo. Acontece que neste período,
ainda não existia a velha ponte, mas mesmo que houvesse seus serviços seriam inúteis,
uma vez que as cheias, sempre ultrapassaram a marca do velho Grande Hotel, e o postinho central.
Tunillo Moto taxi, comentou
que na sua infância sempre corria para as margens do Rio para ver os canoeiros,
atravessarem de uma margem a outra, os comerciantes (feirantes), aos sábados, e
no fim da feira, que era a tardinha.
Mestre Álvaro, nunca quis
casar para não deixar sua mãe, mas tornou-se pai, dos filhos dos seus irmãos (o
pai de Felizarda, casou duas vezes, bem como Lelé), e ele ajudou a cuidar dos sobrinhos, e cuidou de
sua mãe até seu ultimo dia sobre esta terra. Ouvi relatos que tivera uma
namorada na rua de baixo, mas nunca quis casar.
Álvaro, era homem honesto,
respeitador, e respeitado por todos! Sónia de Bubil e dona Vanda disseram: -‘’Um
dia ele foi falar com o papagaio de Nedina de Godor, pois não podia ver bicho,
que ele ficava brincando. Quando foi um dia ele recitou assim: - Melhoral, melhoral,
melhora e não faz mal! Têca de Dr. Lourival, que não era gente, ensinou ao bicho,
um monte de palavrões dias depois deste fato, pois sabia que deixaria Álvaro
sem graça! E na outra oportunidade, que teve de recitar a frase: - Melhoral,
melhoral, melhora e não faz mal! O papagaio completou: - E o ***?! Ele então
ficou todo encabulado, que nunca mais puxou brincadeira com o bruto! Como ele
era muito serio, não gostava de brincadeiras, e não as tirava com ninguém!’’
Dona Felizarda (Vanda),
lembrou de um fato interessante: -‘’Tia Lourdes era famosa por seu arroz doce,
e minha prima Vanda, chegou na casa dela e pediu um pouco do arroz que acabara
de fazer, nisso minha tia disse que não, pois aquele arroz era para Inácio. Bom,
insatisfeita com a negativa, a danadinha pegou um prato escondido, colocou o
arroz nesse prato, e foi correndo para tio Álvaro e disse assim: - Olha aqui,
que tia Lourdes mandou para o senhor! Ele comeu tudo, e ficou muito satisfeito!
Mais tarde quando tia entra lá em casa Álvaro olha e comenta: -Oh, Louuurdes,
muito obrigado pelo arroz, estava uma maravilha! Tia Lourdes gritou: - Aquela
sem vergonha carregou o arroz de Inácio e trouxe para cá!‘’
No dia primeiro do mês de
janeiro de 1994 ele adoeceu, era vitima de uma ulcera, e estava sentido dores,
mas não havia revelado, então tomou um suco de acerola, como de costume, este
provocou uma hemorragia, pois sua ulcera estrangulou, e ele partiu meses depois
no hospital de Pombal! Como retribuição, Sônia cuidou dele até o fim. Ele havia
cuidado dela desde os dez meses, e ajudado seus irmãos e primos, conforme
comentado anteriormente.
Ao mestre Álvaro o nosso
muito obrigado, sua contribuição para o processo de desenvolvimento desta bela
cidade, em muito nos foi útil. Sua doação a família e aos seus, além dos
trabalhos que desenvolveu proporcionando uma nova perspectiva de vida aos
nossos conterrâneos, nos auxiliaram. Que Deus o Senhor da vida, te dê a
recompensa e te conceda a paz!
Texto Paulo Sérgio
Caro Amigo Paulo Muito Justa essa Bela homenagem a Mestre Álvaro gostaria de tambem ver aqui uma outra homenagem dessa vez a Mãe de Mestre Álvaro Dona Ana Benigno de Sousa
ResponderExcluirAMIGO PAULO BELO TRABALHO ELABORADO PARABÉNS CONTINUE ASSIM.
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