quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Manoel de Souza Bandeira, 21 de Novembro de 1918 a 26 de Junho de 2011.


Bandeira nasceu na comunidade de Lagoa Escondida, 19 dias após o falecimento de seu pai, e sua mãe Joana de Souza Bandeira batalhou muito para criar o seu único filho, que desde pequeno mostrava tino para a música e para a dança.
Em 1936, Bandeira foi para a cidade de cajazeiras a fim de estudar no Colégio Diocesano Padre Rolim de Moura. Agora homem feito, iniciou seu primeiro emprego no cartório de 1º oficio no ano de 1941, na qualidade de escrevente.
            Comprou e instalou a Difusora Guarany, a primeira que funcionou em Pombal de 1942 a 1947, sempre no sobrado de Joaquim Assis e tinha como Locutores: Agu Rodrigues e Manoel de Souza Bandeira.
No inicio de 1945 foi trabalhar na Coletoria Estadual Federal como servente. Trabalhou em Patos, santa Luzia, Cajazeiras, Princesa Isabel, Piancó, Catolé do Rocha e Antenor Navarro. Terminando o seu tempo de serviço na cidade de Sousa onde passou 20 anos trabalhando, saindo com a função de Auditor Fiscal do tesouro Nacional.
Contraiu núpcias no dia 11 de marco de 1948 com Maria Rosiclear Salgado, e deste enlace surgiram os filhos: Kleber, Alberto e Gutembergue salgado Bandeira (in memória). Era um homem festivo e animado, gostava do seu trabalho, do campo e da diversão. Este ultimo era tanto, que o impulsionou a ajudar na fundação do Pombal Ideal Clube (PIC), e se tornou o Primeiro presidente sendo sua gestão 1962/1963. E foi um dos fundadores da primeira vaquejada, sempre acompanhado por sua esposa que o incentivava.
Já em 1953 vende a difusora a Afonso Mouta que acabara de chegar do estado do Ceará e passou a chamá-la difusora Tabajara, acabou funcionando em 1958 no prédio do Cine Lux, (recém inaugurado), onde criaram o maior programa de auditório da região nas manhãs de domingo, o Calouros Matinais  e tinha como apresentador Vicente Candeia e Manoel Bandeira animador de auditório. Por este saudoso palco passaram diversos talentos locais, a exemplo de Raimundo Nizio, Ivo Geraldo (o Diamante Negro), Zoraíde de Zaida , Fonhonhom entre outros, que na disputa recebiam vários brindes. 
Após canidatar-se em 1962 é eleito vereador em nossa cidade e a partir de 1963, passa a defender os interesses do seu povo na Câmara Municipal.
O casal Alegria, Manoel Bandeira e Rosiclear Salgado criam em 1969,  o "Bloco do Sujo" que brilhou  no Carnaval de Pombal por muitos anos.
Em 14 de fevereiro de 1979, as famílias Salgado e Bandeira deram o seu ultimo adeus a Rosiclear Salgado, Manoel ficava viúvo e com três filhos já adultos. 
Após dois anos de solidão, Bandeira resolve casar-se novamente, e escolheu por esposa Maria Betânia Rodrigues, uma jovem moça que adornou ainda mais a sua vida, depois que deu a ele uma garotinha, Johâma, pouco tempo depois de casados. Infelizmente Bandeira tem seus sentimentos de pai abalados pela perda de seu filho Gutemberg Salgado, que se foi prematuramente.  A vida continuou e 4 anos depois da perda de Gutemberg nasce Bandeirinha o filho caçula do casal.
Tudo era paz nesta família até que Bandeira foi acometido de um problema de saúde que o submeteu a um tratamento longo, mas recuperou-se três anos depois, eles tinham muita fé. 
Sua paixão pela música outrora mencionada o levou a montar uma banda, quando tocava no Grupo de Casais em Cristo sob a administração de Aninha de Paulinho Pereira, além de tocar e animar nas celebrações das missas de 9h00min na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
Acredito ter sido muito doloso para este homem ter de deixar Maria Bethania uma mulher caridosa com os que os serviam, além de compreensível partir. Ela que lutou tanto contra um câncer de útero, sempre acreditando em seu Deus, pois era muito religiosa.
Lembro-me de seu Bandeira, com seu carro marca Ford, e depois numa S10 a gasolina, vinha certo todos os dias, dava a volta ao redor da matriz para não pegar a contramão daí estacionava o carro debaixo dos pés de figo, e  marchava para dentro da igreja, fazia sua reverencia, orava um pouco e assistia a missa sempre no mesmo lugar, bem ao lado do altar central aos pés de São José. Era um homem bom, gostava de ajudar aos amigos, mas não era muito fã de empréstimos! Lembro-me das vezes em que brincávamos Alessandre Araújo e eu, chamando Bandeira de ``podre de rico``, ele dava um pulo assustado e abria um sorriso. Daí a pouco lançava a proposta de trocar todo o seu patrimônio pela juventude e saúde de qualquer um de nós dois, Alex o indagava como se daria a troca e quando obtinha a resposta que teria de ficar rico e velho, desistia, e novamente os risos surgiam! Dizíamos: deixe-nos pobre mesmo senhor Bandeira! Era bem engraçado, pois ele revelava um espírito de menino brincalhão!
O tempo passou e Bandeira deixou de vir à missa, agora estava convalescendo em seu quarto.  Sofreu e soube suportar as suas dificuldades de saúde mais uma vez, pois foi feliz nos seus últimos dias. Ele foi acompanhado por seus filhos, Johama e Bandeirinha, estes dois dedicaram-se de corpo e alma, e contaram com dedicação integral de Graça Gomes, uma amiga fiel de Bandeira. Tanto o é verdade que Kleber, Beto Bandeira suas esposas e o médico da família apontam que o genitor da família Bandeira teve uma vida longa devido ao bom tratamento que recebeu, além das visitas dos amigos Miguel Queiroz e Francisco (Chico da Igreja).
A Manoel Bandeira, um verdadeiro visionário em seu tempo, o meu muito obrigado! Através do seu espírito inovador, favoreceu ao progresso desta cidade majestosa de riquezas incalculáveis, riquezas estas aprimoradas em suas mãos de agricultor, auditor e também apresentador das alegrias deste povo. Que Deus o recompense e o tenha na sua glória. 








                                              Adaptado da biografia elaborada por Johama Bandeira, por Paulo Sérgio.

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