quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lairton Barbosa Damaceno, 06 de Setembro de 1960 a 31 de Maio de 2004

      Lairton nasceu na cidade de Pombal, e era filho de Antônio Venâncio Damaceno (Toinho da bodega), e de dona Dulce Barbosa Damaceno. Como qualquer menino da sua idade brincou pelas ruas de sua cidade, em especial a afamada Rua do Comércio, onde está localizada bodega da família. Era o xodó de seu Toinho e se tornou em vida seu melhor amigo!
Com apenas 8 anos de idade, para ir tomando responsabilidades começou a ajudar o seu pai  no atendimento aos fregueses, claro, sempre no horário oposto dos estudos. Naquela época já freqüentava a Escola Estadual ``João da Mata``, antes disso passou pelo Colégio de Mariza de Cota(uma das professoras da época), depois passou para a Escola Estadual ``Arruda Câmara``, e mais tarde concluía o terceiro grau na cidade de Campina Grande, pela Universidade Federal da Paraíba-UFPB(Hoje UFCG), o curso de licenciatura em História. Nessa época seu grande companheiro era o primo Eronildo Barbosa, hoje um famoso historiador.
Quando adolescente andava sempre em companhia de Ranilsinho a quem chamava de ``Meu grande La môo``, Assis e Chagas (os gêmeos), estes filhos de Bulita, além de muitos outros a quem conquistou e não me foi possível elencar a todos, mas juntos aprontavam muitas cavilações. Era um sujeito muito engraçado e conseguia mexer com todo mundo sem faltar com o respeito ou fugir aos princípios ensinados por seu pai Toinho, além do mais sua palavra-chave era : Amizade, e por isso prezava por ela, algo que conseguiu fazer sem muitos esforços!
No dia 06 de Janeiro de 1995 casou-se com Edineuza Linhares, e o Padre Sólon Dantas de França, foi a testemunha que assistiu ao juramento dos dois. Neste relacionamento, tiveram três filhos, que eram suas grandes paixões: Heberton, e os gêmeos, Higor e Hiago .
            Um exímio, brincalhão, sempre aperriava a todos de sua família em especial sua irmão Luciene. Como ela estava sempre participando de congressos pelos vários estados da federação, sua mãe Dulce, que o conhecia muito bem, fazia questão de revelar  ao filho sobre a viajem planejada por sua irmã, daí a pouco ele começava: - Mais ... Já vai viajar?! E isto a deixava louca,mas sabia que era mais uma de suas brincadeiras!
             Segundo o senhor Nitôr, (um amigo da famíliai), uma vez ouvira o amigo Toinho comentar que estava precisando trocar os pneus do seu carro e não estava dentro de suas possibilidades naquele instante. Foi aí que teve a idéia de combinar com Lairton (o peralta da família), para pedir a Rural do pai emprestada a fim de resolver assuntos pessoais. A desculpa serviria para terem tempo de promover a troca de dois pneus novos, e como sempre foi presepeiro, assim o fez!  Depois da troca dos pneus do veículo, quando chegou à frente da bodega, não é que o pneu dianteiro estourou! Seu Toinho correu para ver o que havia acontecido, e percebeu que havia algo de diferente no veículo, indagou do filho se havia feito algo, ele negou! Mas já era certo em sua mente que a idéia havia partido do seu grande amigo NItor. A solução para este problema foi procurar mais dois pneus meia vida e calçar o carro da família!

Seu sonho de juventude era ser médico como não foi possível, dedicava-se a leitura de diversas obras. Não assumiu o magistério, tinha pouca afinidade para lecionar sobre os fatos na história, entretanto descobriu sua habilidade e a aperfeiçoou através de um curso de eletroeletrônica, a partir daí começou a trabalhar consertando ferros, ventiladores, liquidificadores entre outros. Montou uma oficina num quarto na casa de Rosinha sua Cunhada. Foi nesta pequena oficina que ele adquiriu o sustento para a sua casa e deu a oportunidade a pessoas como Jandilson da farmácia, Rony de Raminho e  Herlon de Cícero, estes últimos, trabalharam com ele até o seu derradeiro dia  entre nós sobre a Terra.
Ele era amigo, centrado e organizado financeiramente, e quando descobriu que precisava realizar uma cirurgia devido a um problema cardíaco que possuía, e pelos estudos que fizera sobre o assunto, sabia que haveria complicações. Decidiu então viver até o dia que o Criador o permitisse, e assim o fez.
Lembro-me de Lairton passando todos os dias ao lado da igreja matriz em direção ao seu trabalho, gostava de usar uma camisa branca de linho, calça social e sandálias (provavelmente os mesmos trajes do seu genitor, a quem admirava muito), nas mãos uma garrafa térmica, uma bolsa, e nos lábios um sorriso de canto a canto, sempre saudando a todos que por ele passavam. Sempre passava pela oficina e parava para conversar um pouco, pois eu precisava trabalhar na matriz, ele sempre muito atencioso.
A Lairton Damascena, obrigado, pelo carinho e pelas brincadeiras que tantas vezes nos alegrou e pelos seus serviços que fizeram parte da história e do processo de construção de nossa Pombal. Que o Deus da Vida o recompense e te conceda a paz!
                                                                                                      
                                                                                                        Texto de Paulo Sérgio

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